

“Viajar, é percorrer por
caminhos onde nossa imaginação
já trilhou, comprovando tudo com
curiosidade, observando detalhes
que mesmo fotos e cenas narradas
omitem revelar. Ter aquele olhar
que vai das nuances
imperceptíveis ao parar para
conversar com os locais, eis aí,
o segredo do bom viajante!!!”
Roseles
Autora no quarto
do hotel
Chegar a esse país é deparar-se com aquilo que paramos e dizemos extasiados....
“Meu Deus”. Assim, é ao olhar MaChu Picchu e
acordar ante uma realidade impressionante que vai do espanto à realidade, com
montanhas negras alcançando o azul do céu.
País com dez mil anos de história, sede de um dos impérios mais fabulosos da
humanidade, abrigou uma civilização magnífica, que hoje constata-se
reverenciando o passado da Caral, as tumbas reais de Sipan, as enigmáticas
Linhas de Nazca, a senhora de Cao e outros como as pirâmides nortenhas de Kuélap,
Chan Chan ou Capác Nan.
Nazca - desenho de um colibri
Senhora de Cao - múmia
Por lá tudo ratifica seu passado. Com a abrangência de uma cultura preservada
participam festivamente ainda com rituais antiguíssimos como do pagamento à
terra, procissões, grupos carnavalescos cavalgando cavalos de passo ou
aprendendo a dançar um ritmo peruano ou andino, uma vez que esse território
estendia-se do Equador ao Chile e até outras vizinhos.
Festa religiosa
Mesmo antes da conquista espanhola, esse povo por questões políticas enfrentou
disputas guerreiras, principalmente entre dois irmãos, que desestabilizou seu
sistema, adotando o do invasor que em busca do ouro e prata passou a enriquecer.
Mudando assim a soberania da cidade de Cusco para Lima e de lá exportando bens
pelo istmo do Panamá até Sevilha.
Mas com toda a problemática vivenciada os nativos não foram exterminados e
continuam sendo 73 por cento da população.
Períodos ocorreram com grupos guerrilheiros perturbando a população como
Sanderos Luminosos, Frecuenta Latina Tupac Amaru, entre outros.
Grupo Sendero Luminoso
Com diversidade geográfica, passa dos desertos às vertiginosas montanhas e a uma
selva exuberante e inóspita.
Como é chamado o Peru de primoroso, podemos ressaltar o arco-íris nos sons, nos
sabores, nas cores manifestadas a através de 50 línguas nativas e ainda usadas,
milhares de representações corporais e emocionais pelas danças e nos antigos
instrumentos musicais utilizados nas mais de 3.000 comemorações religiosas e
festivas, onde homenageiam santos, colheitas, a natureza, e nas procissões com
estandartes e representações de figuras.
Inti Raymi, a Festa do Sol no
Peru
Podemos dizer que a cultura desse país é uma e muitas simultaneamente. Seu povo
herdou costumes e tradições das civilizações que floresceram por séculos e
séculos (mais dez mil anos antes da era cristã), confundindo o antigo com o
moderno sem problemas.
Assim, dos milhares de anos até nossos dias, pode-se presenciar a maior sede
arqueológica do mundo, com avanços nas ciências, nas artes, que causam assombro
incontestável.
Nesse quadro descritivo, podemos realçar Caral a mais antiga da América do Sul e
MaChu Picchu, a cidadela inca, enigmática, mística, linda.
Pirâmides de Caral
Assim, o país vem desenvolvendo-se em vários seguimentos importantes da
economia, ressaltando-se recentemente o interesse pela gastronomia local,
semelhante a nossa, com mais variedades de sabores e cores.
Gastronomia
peruana
No artesanato está talvez a maior expressão da cultura e tradição desse povo
gentil, alegre, sendo nos tecidos e lãs um fator de muito interesse para os
visitantes dado o trato com as cores, e na madeira e louças há uma diversidade
de desenhos, pinturas, além do que podemos acrescentar da habilidade no trabalho
em prata e ouro.
Vendedora de
artezanato
Assim, pelo misticismo nas suas danças, cantos, e maneira de viver, o povo
peruano apresenta facetas que vem da época pré-colombiana aos nossos dias.
Festa de la Candelaria

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