Um dos canaos de Veneza

 

 

 

 

Pesquisando sobre a história dessas encantadoras 118 ilhas, separadas por 177 canais e ligadas por mais de 400 pontes, a região de Veneza, pantanosa, situa-se no Lago de Veneza, entre os rios Pó e Plane.

Faz parte da região de Vêneto, junto a Pádua e Treviso.

Historiadores revelam que a origem da população era de refugiados das cidades romanas e outros, que fugiam das sucessivas invasões quer germânicas ou hunas, no séc. V AC.

Existem evidências que também era local de pescadores, quer nas ilhas como na Lagoa.

Pela sua importância e localização, foi atacada pelos visigodos e mais tarde por Átila rei dos hunos.

Com a grandiosidade do Império Bizantino, lá também estabeleceram-se, sendo que apenas no séc. VIII, transferida foi a administração para a residência do “Doge”, um magistrado da República.

Veneza era conhecida como a rainha do Adriático, e seu nome vem do povo veneti, séc. X AC. É conhecida por outros cognomes pela sua suntuosidade, imponência, e construções intrigantes e belíssimas.

Na alta Idade Média, tornou-se influente, expandindo-se pelo controle do comércio com o Oriente e, facilidade dada pelos mares Adriático e Egeu

Cristais de Murano

Como potência que era, no Renascimento, foi ponto de parada para as Cruzadas, seu porto mantinha intenso comércio, principalmente seda, fibras e especiarias, sendo ainda polo artístico entre os séc. XIII e XVII.

Ai criou-se as telas para pinturas, inovações no fabrico do vidro, como ainda atualmente existem os famosos cristais de Murano, devendo-se a Escola Veneziana a importância dada a música, ali nasceu Vivaldi.

Carnaval em Veneza

Podemos citar as impressoras no séc. XVI, sua biblioteca uma das mais importantes da Itália e do mundo, com coleções de manuscritos raríssimos, bem como mapas e documentos.

Esse recanto maravilhoso de uma Itália fantástica, Veneza aproveitou todas as mudanças que ocorreram na parte ocidental do mundo.

Como estratégia, no decorrer da sua história, aliou-se aos francos, mais tarde com o Império Bizantino, tolerou o Islã e quando da guerra entre bizantinos e árabes, voltou-se para Alexandria, Beirute e Jaffa, dominando todo esse imenso potencial comercial da época.

Muitos fatores porém, determinaram a queda do poderio de Veneza, podendo-se citar a queda de Constantinopla final do séc. XV, o caminho marítimo para a Índia, a descoberta da America, que deslocou as rotas comerciais e ainda com o enfraquecimento financeiro na luta contra os turcos otomanos.

 

Canal de Veneza

Veneza foi invadida pelas tropas de Napoleão e, quando do Congresso de Viena, passou a ser anexada ao Império Austríaco para somente mais tarde, fazer parte do reino da Itália por volta de 1866.

Por tudo aqui revelado, com um centro histórico dos mais cativantes e intrigantes entre ilhas, canais e pontes, tem festividades mundialmente famosas como o carnaval, onde máscaras revelam a criatividade e arte do povo veneziano.

O turismo revela ao viajante, uma região de belezas impares e um passado dos mais vibrantes.

Indo para o vaporeto

Assim embarcar num vaporeto e realizar um tour ao longo dos canais, caminhar pela famosa praça de São Marcos, no centro social, religioso, político e comercial, nos dá a sensação de um charme especial também ao passear pelas “calli”, assim chamadas suas ruas. Aí temos exemplos da arquitetura e arte Bizantina.

Gondolas

Outro aspecto imperdível seria o passeio nas gôndolas. De canal em canal, avista-se a beleza das pontes, dos palácios, das ruas estreitas, dos monumentos, enfim, á algo indescritível.

Ir a Murano é voltar ao passado, onde o vidro soprado remonta ao séc. XII. Ali peças de rara beleza são fabricadas, para deleite dos que apreciam objetos de arte e demais aspectos culturais da região.

 

Rendas venezianas

Destacamos aqui as rendas venezianas, onde bordadeiras com mãos de fadas realizam trabalhos dos mais ricos e finos, utilizado linhas finíssimas, agulhas e demais utensílios, na criação de peças onde há demonstração de arte e habilidade em cada peça, exposta.

Para resumir um pouco do que o viajante pode apreciar nessa cidade “sui generis”, pela sua geografia, pela forma como foi instalada entre tantas ilhas, pela época onde o mundo era desprovido de tecnologias, voltemos ao passado tão remoto.

Imaginemos aquele homem veneziano, lidando com a pesca, escondendo-se dos invasores, obrigou-se em descobrir formas e maneiras para sobreviver numa região, que passou a dominar um mundo beligerante, onde o mais forte vencia.

Talvez pelas muralhas naturais que eram os bancos de arei, pela pouca profundidade dos canais, tenha sido uma impecilho para dominações mais ousadas.

 

A autora e o Palácio dos Doges

No entanto, o que aquele empreendedor do passado deixou, nos faz hoje, arregalar os olhos ao presenciar obras monumentais, tais como a Praça San Marco e sua Basílica, palácio dos Doges, Museu Correr, o Arqueológico, Biblioteca Marciana, ilha de San Giorgio Maggiori, a ponte dos Suspiros e infindáveis outras expressões de uma cultura que o tempo não apagará, mesmo com as constantes preocupações com a invasão das águas do mar, que alagam pontos importantes das ilhas.

 

 

 

Praça em Mestre

Localidade que faz parte de Veneza, um dos seus condados de um encanto especial, Mestre situa-se na parte continental, ligando-se às ilhas por uma grande ponte.

Nosso hotel em Mestre

 

Pesada chave do hotel

Mais parecendo uma pedra preciosa incrustada na Itália.

De rara beleza são seus palacetes, suas praças, as ruelas que levam a um casario bem cuidado, com lojas, cafés, restaurantes, casas de chá, chocolateria, tudo de bom para uma culinária encantadora e saborosa.

Mestre, mostra o antigo aliado e convivendo bem com o modernismo dos prédios de apartamentos e shoppings.

Todas as tardes as seis horas, os sinos da Catedral badalam, e, por todos os cantos ouve-se seus sons, chamando fiéis para as orações ou missas.

Nos cafés, com mesinhas esparramadas nas calçadas das ruas e praças principais, os moradores reúnem-se para as conversas informais. Há os que degustam vinhos e bebidas mais fortes.

Me deliciando com um sorvete

Em todo esse com junto de tradições, hábitos e formas de passar horas descontraidamente, crianças brincam com seus animais de estimação, seus patinetes e nas fontes de água.

CONCLUSÃO:

Por todos esses relatos, tentei descrever tudo que presenciei e vivi nos 22 dias de um cruzeiro que iniciou em Santos / BR e, findou em Veneza/Itália.

Algumas cidades permanecerão nas minhas recordações de maneira muito forte, pela singularidade, pelas tradições, pelo histórico, pelas paisagens, pelo trabalho de seus fundadores e população que, as tornaram... PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE!

Nota do editor:

Para a montagem desse relato, autora utilizou anotações dos 22 dias de viagem em transatlântico que fazia cruzeiro a alguns países. Quando dos passeios, apoiou-se nas explicações dos guias e condutores dos veículos utilizados. Também foram utilizadas pesquisas realizadas na internet

 

 

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Pelo EnvioWebaguia

 

Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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