Belo mês. Das flores, das plantas verdinhas da chuva que sempre aparece.
O frio vai-se e aquele calorzinho gostoso nos aquece.
Setembro... mês em que nasci.
Quando abri meus olhos num
dia 16, quase no dia 15, data da minha saudosa mãe Adélia.
Da minha infância tenho belas recordações... uma família feliz, unida com avós,
tios, vizinhos quase irmãos, amiguinhas da escola e dos folguedos.
Na realidade estranho as crianças da atualidade. Éramos levadas, irrequietas,
vibrantes.
Declamávamos e cantávamos nas festas da escola ou quando nos lares, mas
obedientes, educadas, nosso quarto era ajeitadinho, brinquedos poucos, mas
livros muitos.
Nas datas cívicas a Bandeira Nacional era hasteada e em posição de sentido,
ficávamos ali com os olhos marejados pelas lágrimas ao cantar o hino pátrio.
Desfiles haviam para que os educandos sentissem o que um cidadão desde a mais
remota idade, soubesse valorizar a Nação, os símbolos nacionais e as pessoas que
a educam, assim como a sociedade.
Nossas carteiras escolares eram por nós cuidadas e não se via quebradas ou
danificadas. As paredes mesmo que o descaso governamental não oferecesse reparos
por anos, não eram pixadas nem quebradas pelos pequenos.
Admirávamos nossas professoras e mais tarde os mestres, fazendo da escola nosso
segundo lar.
Jamais reclamávamos de uma atitude mais repreensiva deles porque, nossos pais
nos ensinavam a sermos respeitosos e realizar as tarefas dadas em aula ou fora
dela.
Se um colega agia errado, caso do hoje famoso “bullying”, eles diziam...
virem-se e saibam defender-se, e se apanharem ainda levam uns puxões de orelha
quando chegar em casa, porque certamente erramos... Assim nunca agredíamos
ninguém quer com ações ou gestos!!!
Cresci, sai do mundo infantil onde a fantasia reinava célere!
Os anos passam, vamos aos estudos superiores, ao trabalho, a novos cursos,
especializações e graduações. Concursos eram necessários para alcançarmos
salários mais justos.
Isso não ocorre atualmente, onde aposentados são tratados como os culpados pelas
crises governamentais!!!
Fazíamos amizades, tínhamos nossos namoradinhos, as paqueras ditas atualmente,
mas nada de dormir na casa um do outro... nada de barzinhos, de noitadas, nossos
bailes eram com orquestra em salões bonitos, e, bem acompanhados por adultos.
Tínhamos hora para sair e chegar em casa.
Nossos pais sabiam onde estávamos e o que fazíamos.
Assim, vivíamos nesse mundo romântico onde a sensibilidade e o amor apareciam de
forma tão pura que hoje infelizmente parece estar sumindo.
Casávamos e era quase para sempre, cada um cuidando do outro e dos filhos, para
que crescessem com saúde, educados, prontos para enfrentar a vida.
Se prometíamos ir a um lugar, mesmo caindo como dizemos canivetes, lá estávamos
rindo se molhados e até um pouco sujos de barro, pois calçamentos era mais na
parte central da cidade.
O que vemos agora? Alguém lhe diz... chegarei em sua casa me aguarde. Daí dá-lhe
um “bolo” e com motivos tolos quer justificar afirmando que algo de imperioso
ocorreu, porém sabe-se que é pura desculpa. E daí que faz aquele que preparou-se
para bem receber?
É... como a sociedade e os costumes mudaram!
Ligamos a TV e vemos depoimentos e depoimentos de sacanagens, roubalheiras,
malas cuecas, sacolas, calcinhas recheadas de reais e dólares, que nem
imaginamos pudessem ser ali guardadas.
Somas astronômicas até em apartamentos ditos cedidos ou alugados para as
propinas recebidas que depois negam serem deles!
Daí voltamos a refletir... o que acontece?
Posturas de profissionais que antes honravam seu trabalho, respeitavam seus
colegas, enaltecendo atitudes, parece está sumindo. Onde está a dignidade
humana?
Dessa maneira, vamos vivendo e convivendo aprendendo a cada dia que, o que mais
vale numa pessoa é o respeito!
Aquele querer bem em forma de candura, amizades enlaçadas com fitas de cetim que
mesmo desfazendo-se a movimentos, mostram que são duradouras e assim eternas,
parece ficou no passado!
Sábado, com certeza, receberei abraços daqueles que sei são meus amigos de alma
e coração, que mesmo com sacrifícios pessoais, apertarão minhas mãos e darão
aquele abraço.
Outros, o farão pelo face e e-mails... assim são nossos dias atuais mas, para
nós, continuarão especiais!!!
Mesmo com tantos senões, nessa hora de extremas revelações, o caminhar deve ser
do sentir as irradiações sublimes das almas que livres, transfiguram-se, nos
oferecem as bênçãos para melhores no porvir.
Que se perdoem as falhas, que vivamos na esperança que a vida é quase uma
glorificação de almas, e que esculpida está em cada um de nós luzes
resplandecentes para todo o sempre!!!
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