Penso que são felizes, todos aqueles que sempre foram livres para agir, pensar, viver, amar.

Quando refletimos sobre o que sabemos de uns passados remotos e outros nem tanto, quando o homem para sobreviver tinha que usar a força física, pois perigos  existiam de todos os lados.

Animais ferozes, inimigos guerreiros, reinos cobiçados, poderes perpetuados, era o mundo de tantas e tantas variações que os fracos sucumbiam.

Daí podemos afirmar que entre as belezas do Universo, certamente o homem não era a peça mais bonita.

Séculos passaram. O mundo foi evoluindo e de imenso foi sendo ocupado indiscriminadamente, arruinando aquilo que possuía de mais lindo que eram as transparências das águas, a pureza dos ares, o colorido dos vegetais.

Não nos assustamos com notícias que viram manchetes. Tudo vai parecendo tão natural, que princípios, valores, regras, vão sendo atirados ao léu e nada fazemos para mudar.

A televisão, a internet, anunciaram que na França, fica proibido o uso do véu cobrindo parte do rosto, pelas mulheres muçulmanas.

Lá também, as prostitutas que cobrarem pelos serviços prestados, receberão sanções por parte dos policiais. Pelo que sabe-se é uma das profissões mais antigas do mundo e se é uma profissão, não devem receber pelo trabalho?

Muito delicado tocar nesse assunto que causa polêmica nos lares e na sociedade.

Quando num programa noturno, Chico Anísio fazendo humor, fez rir o apresentador e seus convidados, além da platéia, representando uma mulher de vida fácil (repetiu várias vezes o nome popularmente conhecido por todos nós), tratou de forma hilária, porque pela comicidade, não causa tantos desagravos.

É difícil lidar com sentimentos, com necessidades, com vivências, e se levado pelo olhar de profissionalismo, é um meio de vida sim e deve ser tratado com delicadeza para chegar–se a um consenso.

Observem que no dia-a-dia, conviver com pessoas, é deveras difícil, ainda pior quando se é discriminado.

Imaginem estar em constante erotismo, com o libido em alta, preparar técnicas para satisfazer diferentes candidatos ao prazer, com vontades questionáveis, uns sádicos, psicóticos, neuróticos e tantos “óticos” que poderíamos aqui citar.

Atualmente ainda teem de enfrentar a concorrência desleal com gays, travestis, garotas de programas, falsas modelos e manequins, garotas disfarçadas em colegiais, e até mesmo menores, levadas por familiares à prostituição, incrível isso.

A vulgarização do sexo está de tal forma apelativa e aliada à beleza, que muitos homens e mulheres, estão procurando atendimento psicológico, médico e até medicações, para oferecerem ao parceiro seu lado romântico e sensual.

Em se falando de romantismo, sempre achei interessante o relato de pessoas hoje idosas, quando dizem que usavam espelhinhos na sola dos sapatos para poderem olhar por debaixo das saias das garotas quando essas passavam próximas a eles.

Ridículo? Não... Curiosidade... Afinal as saias eram mais longas, rodadas, foi uma época em que as mulheres não tinham seu corpo tão explorado pela mídia.

Com a guerra do soutien, a mulher tornou-se mais liberada para dizer o que pensa e o que quer.

A pílula, ofereceu-lhe a oportunidade de dizer quando quer  a maternidade.

E agora, voltando ao tema prostituição, será teremos também campo para discussões sobre essa profissão em nosso país?

Que mudanças estão almejando? A Lei as ampara?

Visto como um trabalho, essas pessoas merecem todo nosso respeito.