Em nosso país, haviam comemorações especiais em datas importantes, quer fossem
ligadas ao civismo, ao patriotismo, como a outras, que homenageavam certas
categorias caso Dia do Soldado, da Primavera, da Árvore, da Libertação dos
Escravos, e, aquelas especialíssimas como Sete de Setembro, Proclamação da
República, Tiradentes, e tantas e tantas.
Nós quando alunos ou profissionais na educação, tivemos o privilégios de fazer
parte e até criar as alegorias especificas a cada programação festiva sendo com
desfiles muito bem elaborados ou outras manifestações cívicas.
Na nossa infância e adolescência, quando em estudos no Instituto de Educação do
Estado do Paraná, era a maior alegria participar dos desfiles e demais
comemorações, caso plantio de árvores nas praças centrais de Curitiba como
Osório, Tiradentes e outras... onde há uns pinheiros que lá plantei e olho com
orgulho...
Instituto de Educação do Paraná - Curitiba
Eu era escalada a declamar ou enaltecer a primavera, a natureza e desde aquela
época já gostava de escrever e por isso era indicada para tal feito o que hoje
sei era uma grande honra entre tantos colegas talentosos.
Nos desfiles era o maior orgulho ter nas mãos um mastro e uma bandeira a
tremular quando garbosas passávamos pelas ruas centrais da cidade e éramos
aplaudidas pelo povo que também prestava sua homenagem a datas tão
significativas.
Passando da fase de estudantes e agora participantes das organizações dentro das
instituições educacionais, continuamos com nosso espírito de patriotismo, de
respeito às instituições nacionais, estaduais e municipais.
Sendo assim, quando exercendo cargos junto ao magistério, era de uma dedicação
extrema participar dos desfiles festivos nas cidades onde residíamos.
Uma das que mais exerci atividades nesse campo das comemorações foi na cidade de
Araucária, onde os desfiles eram sempre majestosos, brilhantes e apoiados pela
população.
Brasão
de Araucária
Na realidade dentre os dezessete anos que exerci a direção da Escola Dias da
Rocha com muito orgulho, alguns ficaram na memória dos colegas e ex alunos, pois
foram de rara beleza.
Citarei aqui um, onde resolvi extrapolar em arrojo, para que nossa escola fosse
mais uma vez elogiada pelos temas que iria explorar entre os diversos pelotões
de alunos.
Meu compadre Vicente Knopik possuía um Gordini... carro pequeno mas muito
cobiçado á época.
Gordini
Conversando com ele e sua esposa que era professora, a Luiza, falei... que tal
compadre se pudéssemos construir um barco, uma caravela portuguesa para o
desfile?
Vicente era habilidoso na montagem de cenários na UFPR e comprou minha
sugestão... mas e onde e como armar essa caravela? E ele... – no meu Gordini.
Colocaremos proteção e forraremos com laminados... estava lançada a milagrosa
operação.
Fomos em busca de outro amigo senhor Reinaldo Pinto, que era araucariense
criativo e foi quem idealizou as velas e as pintou com cruzes de malta... como
vemos na foto.
Foto da nossa caravela
Ficou algo de tirar o fôlego numa época em que não tínhamos conhecimentos das
técnicas hoje utilizadas nos carros alegóricos dos carnavais e demais eventos.
Tenho muito orgulho de tudo que foi feito e agradeço aos familiares desses dois
cidadãos que citei e presto hoje essa homenagem infelizmente póstuma ao Vicente
Knopik e Reinaldo Pinto!!!!
Por tudo dito e escrito, confesso... quando o barco iniciou a descer da praça
Vicente Machado para a rua Dr. Victor do Amaral, parecia que o Atlântico estava
com ele... suas velas balouçavam ao vento e as ondas que pintadas no casco
imitavam as verdadeiras, era um espetáculo...
Grandioso espetáculo... que lindo... nossa que é isto...e muitas exclamações
ouvia-se!
Coitado do meu compadre Vicente... dentro do Gardini segurando todo o peso nos
freios numa descida forte, suava mas ali... firme... quase o motor do Gordini
fundiu uiiiiiii!!!
Mas ai está a foto do nosso barco... sinto não termos outras esclarecedoras para
que os araucarienses daqueles dias recordem e os atuais pudessem constatar
aquele fenomenal desfile patriótico na cidade de Araucária!!
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