Vejo pessoas, flores,
aves, relvas.
Encanta-me a docilidade do
querubim,
Quero abraçar o céu todo
azul
E arrepiar ao tocar as
ondas do mar!
Logo mais uma noite
findará, a madrugada escura mostrará alguns pirilampos aqui e acolá.
Sei que os albores de um
novo dia surgirão, fazendo desaparecer sombriamente todas as esperanças, que na
calada da noite, fazia sonhar.
Na fase mais linda da
existência, aquelas tolas lembranças armazenadas, espero, jamais voltarão.
O caminhar sempre na mesma
direção sem olhar para trás, é deixar as curvas esquecidas num canto qualquer,
sem rir ou chorar.
No desconforto de haver
perdido dias e noites ouvindo o lamento de uma vida inexpressiva sem objetivos,é
como o viandante triste, que segue por caminhos sem fim .
Na contemplação de uma
trajetória, esquecidos os fulgores de novos horizontes, apenas um oásis pode-se
esperar mais à frente, sem lágrimas ou lamentos.
Tudo pode reiniciar, e se
surgirem outros sonhos, novos alentos, quiçá promessas, é porque entre o céu e a
terra, há alianças repletas de estrelas coloridas.
Como que numa súplica,
ninguém detém a carruagem que trafega por entre alamedas em flor.
Na campina dançam com a
aurora os primeiros raios do Sol, em nesse crescer constante, tão intensamente
brilham, que ofuscam as bênçãos que pedimos aos céus!
Que rompam-se todos os
louvores, que quebrem-se todos os elos, que esmoreçam todos os amores, porém
jamais se perca a chama interna do amor.
Além do horizonte aqueles
anjos alados surgem mansamente, acompanhados por liras e trombetas.
Se encantamento vem do
alto, irrequietas estão as andorinhas que confundem-se com as róseas nuvens do
céu, escondendo seus desejos de caricias do amado Sol tão ardente e dourado,
como sempre foi e será!
O que direi? Que o
crepúsculo é o isolamento do coração...
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