MENOS TORRE

 

 

 

 

 

 

 

Silêncio total. Duas horas da madrugada.

No céu estrelas como que jogadas ali e acolá, piscam para mim.

Nada movimentava-se, nem as folhas das laranjeiras, ou da mimoseira, aqui bem pertinho.

Um abacateiro do terreno aos fundos, muito alto, abriga ninhos de passarinhos que, todas as manhãs, vêem em busca da quirerinha, das bananas, que coloco nos pombais.

Agora na madruga, silencio. Nada vê-se que demonstre haver vidas por perto.

Que falta sinto dos vôos dos canarinhos, a discussão frequente das pombinhas capote que, achando-se donas da situação, espantam os pequeninos.

A noite é linda! É dos enamorados, dos seresteiros, dos boêmios, dos mulherengos, das pessoas que dizem “de vida fácil”. Quantos mitos e inverdades.

Já nas manhãs, há o alvoroço na cidade, o caminhar descompassado daqueles que buscam um emprego, vão à escola, ou ao trabalho.

Muitos terão a sensação do nada, debatem-se no incógnito do próprio hoje, na incapacidade do certo no amanhã.

Creio, ninguém sentiu em plenitude a nitidez da desventura, ou provou o sabor da felicidade total e perene.

Há imprevistos, fatalidades, mas também luzes, lágrimas e sorrisos.

Aqui, ali, acolá, uma flor dá o colorido, uma melodia emana sons harmoniosos, e, aquela aragem faz palpitar os corações...

Se a flor murcha, o colorido desaparece, se o ruído amedronta, e o vento assusta, a alma não emudece.

As horas passam. Aparecem os primeiros clarões no horizonte. Desfraldemos nossa bandeira da superação, cantemos hinos das conquistas, caminhemos na direção onde pedras não haverão pelos caminhos, mas ramos de florais perfumados.

 

 

 

 

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Pelo EnvioWebaguia

 

Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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