Naquele imenso céu azul, lá no alto do Infinito, um retalho está sorrindo, colado em balouçantes nuvens coloridas.

Quando surge a escuridão da noite, que espetáculo.

Lá está ele soberano, rodeado por milhares de estrelas ofuscantes, onde algumas mais gorduchinhas, nos fazem lembrar das lanternas coloridas das noites de, São Pedro, São Paulo e São João!

 Abaixo no imenso solo, aqui e acolá, punhados de matas viçosas em seu total esplendor de um verde indescritível, avizinham-se com troncos e troncos de outras abatidas pela moto serra ou machado, que, mesmo com gritos de dor, não consegue calar a voz do... "VAI MADEIRA!!!"

E, nessa sinfonia de choros e lágrimas, mais um tronco queda num lamento tão triste, quanto o murmurar do pequenino riacho, sufocado pelos resíduos descartáveis em plástico ou metal.

Se arrancadas são, pensam os insanos que, da fibra, ouro brotará, verão que das entranhas benditas da fecunda natureza, maldições silenciosas cobrarão das gerações, a infâmia da destruição.

Que não digam os madeireiros... mas hoje não são relíquias a preservar, temos de dar trabalho ao homem e alimento ao gado do exterior, essas árvores têm de sair, em seu lugar, grãos surgirão incrementando o comercio!

Verdade? Certamente. Mas com respeito e coerência...

Embebedem-se então na ignorância e na ganância, não na glória santa do preservar, porque sonhar nada custa, apenas pensar que lágrimas serão secadas das faces das futuras gerações, pelos erros dos homens da atualidade que, buscam, o ter e não o SER!

De nada vale ter casas emperiquitadas, rebuscadas, sofás aveludados sem que não se tenha visitas para deles usufruir, carros de todos os tipos e estilos, roupas de marca e grife, salões de beleza, spa e academias, se o EU É VAZIO E POBRE.

Ipê amarelo e roxo, árvore símbolo do meu pais, derrame suas pétalas sobre o chão não manchado de sangue, mas da serragem que desprende pela serra que maltrata o tronco, agora agonizante.

Teça o mais belo tapete roxo-amarelado que jamais se viu!

Pinheiro do Paraná, continue a erguer seus braços para o Infinito e brade bem alto... BASTA... BASTA... que cessem os motores das moto serras destruidoras... que não afiem-se os machados hostis, deixem-nos continuar a cobrir esses campos dando abrigo aos passarinhos que procuram nossos galhos e sombra aos viajantes cansados das caminhadas!

 Como aquele pano augusto que balança triunfal ao sopro dos ventos nos mastros dos quartéis, no limiar das escolas,e nas janelas. Você árvore altaneira vigilante, dançante, que sabe bailar no suave assobio do vento

Não permita crepuscular sua missão!!!

 

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Pelo EnvioWebaguia

 

Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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