Se o mundo fosse uma imensa flor certamente a cor mais evidente seria o lilás
tranquilo... o violeta das pétalas acetinadas.
Se o mundo não fosse colorido, se não houvessem sonoridades, lábios soluçantes
existiriam sim, e brisas trariam... perfumes em flor.
Aquelas sinfonias suaves em preces, talvez cobrissem o céu como cortinas
esvoaçantes de uma vida pura, a tua... Maria Josefina!
Os candelabros iluminados
nos caminhos tortuosos do universo mostram rastros de estrelas cintilantes.
Siga-as... Fifina... ali Nino está a te esperar!
No contraste dos panoramas da vida estremecemos ante cenários, ali um pedaço do
azul do céu, aqui o canto dos passarinhos.
Dos olhos não saltem as lágrimas, é a alvorada não o crepúsculo. Em tudo há
vida... esperança, a morte se vai num suspiro...
Aquela mão que dizemos destino invisível, suprema, absoluta arrasa mostra a dor
da ausência, planta o amor que nunca findará.
Saudades... saudades... saudades de ti. “Oh” lei do universo... que doa e tira,
Ambicionai a glória daqueles na ressurreição final
Antes tua despedida Fifina, Encontradas essas tuas palavras...
"Quanta coisa sonhei em minha vida que não aconteceram, sofri muito com a morte
dos meus pais, marido e parente, mas graças a Deus fiquei com meus filhos que
são muito queridos e deixam minha vida alegre e feliz.
Hoje sou uma pessoa completamente feliz apegada a Deus.
Daí-me a graça de aceitar a vida e a morte sem lamentos, acreditando em Jesus
Nosso Pai que nos acolherá!"
(Maria Josefina Grácia Mansur)
Na infinita saudade... Saiba Fifina, nada mais existe... apenas o pálio aberto,
ali cantarão as cigarras e nos troncos frondosos do carvalho... ressurgirão
ninhos da passarada!!!
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