Cada vez que procuro um tema para nele concentrar minha atenção, registrar palavras, narrar fatos e pensamentos, descrever desejos, vontades, indignações, revoltas, vitórias tantos e tantos acontecimentos que nos parece impossível analisar conscientemente aquele cabedal de fatos.

Quando escrevemos sobre amor, muitos dizem... mas que coisa ultrapassada.

Não existe mais esse sentimento que perdeu-se nos tempos. Atualmente o amor é passageiro, em minutos conhecemos alguém e sem medir consequências, lá se vai para atitudes que há tempos nem tão distantes era permitido depois de anos de namoro, noivado e conhecimento.

Como a vulgaridade deu espaço para uma liberdade onde as consequências não são imaginadas nem admitidas e aquela roda viva circula como que um redemoinho que vai detonando, derrubando, aniquilando tudo que está à frente.

Quanta saudade dos tempos onde o saber ouvir era uma qualidade inerente a todos e aqueles que por acaso desprezavam esse saber ouvir, logo deduziam o erro cometido!

Aquelas pequenas peraltices da adolescência eram de uma ternura linda, e nas faces rosadas que ficavam mais rubras, havia a demonstração que algo dentro de nós dizia... olha... pisou no tomate hein?

As pequeninas mentiras criadas para não receber os famosos puxões de orelhas, eram de uma extrema singeleza, que nossos pais apenas sorriam, sabendo que à sua frente estavam aqueles que eternamente lhes dariam imenso amor!

Eu tenho tanta, mas tanta saudade do sorriso aberto do meu pai, do seu abraço carinhoso e apertado, das suas mãos ao redor dos meus ombros, das palavras encorajadoras ao incentivar para iniciar um curso universitário mesmo tendo de deslocar-me por quilômetros diariamente para o cursar.

Depois de vencer as intempéries, de ser com orgulho a escolhida para a oratória no ato solene e poder dizer a ele... está aqui meu pai o diploma que sempre quis ver em minhas mãos... ele partiu, se foi como um anjo alado para bem longe dos meus olhos, dos meus abraços e dos meus beijos!!!

Quanto foi difícil olhar na platéia e não ver aqueles olhos azuis grandes, aquele homem de extrema bondade que conseguia com seu jeito brincalhão e de contador de anedotas, tirar de cada um muitas gargalhadas... era um grande ator... que fofo era o meu inesquecível pai... Eduardo!!!

 

 

Meu pai Eduardo

 

 

 

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Pelo EnvioWebaguia

 

Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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