Palácio Real - Madri

 

 

                                               

 

 

 

Quando escolhemos um roteiro de viagem, muitos aspectos são necessários observar, para que tenhamos boas recordações ao voltarmos para casa.

O sentir saudade, já é um indício que a escolha foi acertada.

Quando embarcamos no aeroporto de Curitiba, com destino à capital espanhola Madri, com conexão em São Paulo, um friozinho sentimos ao entrar na aeronave, pois, ficará por mais de 10 horas, no espaço.

Ela naquele imenso céu, e nós, como sardinhas enlatadas, tentando acomodar-nos na poltrona, sem ter onde colocar o braço, e pernas.

Os cotovelos roçam, nos de quem está ao nosso lado. Uns até fazem de propósito, fingem adormecer, mal sai do solo o avião, ocupam assim, não só o apoiador de braços, como, encolhem-se e a cabeça fica ali, a incomodar, sem termos o que fazer.

 

Avião apertado

Tem-se uma opção para relaxar e procurar esquecer que serão horas e horas, ali com o seu vizinho de poltrona, que na maioria das vezes ainda ingere remédios para adormecer, interrompendo inclusive a passagem, se por acaso precisar ir na toalete.

Procura-se opção para ludibriar as horas, daí, ligarmos o aparelho que está no banco da frente, tentando ver filmes, vídeos variados, desfiles de moda, jogos, ou ler um livro e até ver e rever as revistas (uma) que colocam na bolsa da poltrona.

Dureza se seu vizinho sob o efeito da medicação, está dormindo e lá vêm os comissários de bordo, oferecendo um lanche ou jantar.

Como abrir a mesinha para refeições?

Bem, morder, mastigar, dizem ser um ótimo exercício para deixar o estresse do vôo de lado, colocando algo no estomago.

Espaço apertado, bandeja com os alimentos, sucos, refris, o que se vai querer?

Se por infelicidade bater no copinho com líquidos, é aquele estrago nas roupas, pés, já nessa altura sem os sapatos!

As horas parecem não passar, acompanhamos os percursos do avião pela tela à nossa frente, aquele marzão parece nunca terminar, vemos a costa da África, e, as imagens dizem as milhas percorridas e as que faltam... nossa... quanto ainda.

É noite sempre, céu escuro, nada se vê.

Quando o amanhecer dá sinais, procura-se olhar o nascer do sol! Lindo!

Finalmente estamos vendo terra... alívio...

Aeroporto de Madri

Mais uns bons minutos, o comandante anuncia que dentro de poucos deles, estaremos chagando no aeroporto de Madri. Imenso, escadas rolantes cruzando saguões, metrô interno, ai se subirmos em algum, sem observar qual corredor deve-se seguir... vamos parar do outro lado e voltar... hummmmmmmmm.

Finalmente, alegria em colocar os pés em terra firme, ufa! Nos safamos bem nessa viagem sem turbulências.

O desembarque tranquilo, apanha-se mala, vem o guia especial, um tour pela cidade que ainda está sem muito trânsito. Dizem ser o passeio panorâmico pela capital espanhola, com seus contrastes de cidade cosmopolita, vida intensa, milhares de turistas pelas lojas e locais antigos.

 

Fuente de Cibeles - Madri

As atenções estão voltadas para os centrais e começa-se a tentar guardar na memória por onde passou-se e os alertas da guia como... aqui a estação dos trens, essa a praça tal, ali onde há uma placa é a entrada para o metrô.

Cuidado ao atravessar certas avenidas, (os motoristas são atenciosos e gentis, param para que se passe, inclusive com o sinal fechado ao pedestre, quanta educação deles), mas todo cuidado é pouco.

Chega-se finalmente ao hotel, após a visita rápida pela cidade.

Como toda cidade grande, apresenta contrastes , cosmopolita, linda!

Madri é um grande museu a céu aberto. Restaurantes, lojas com variedades de produtos, arquitetura moderna, tendo ao lado antigos casarões, museus, igrejas, parques, praças, a Gran Via e a Rua Maior, depois a Praça de Touros, são tantos e tantos passeios a se fazer, que melhor pedir no hotel um mapa e sair pela cidade em busca do que visitar.

Plaza Mayor - Madri

Não esquecer dos palácios, museus, teatros, conversar com as pessoas da cidade, na grande maioria estão clandestinamente.

O madrileno é um povo alegre, conversador, mas tem regras e valores que temos de seguir. Bom saber antes de ir o que se pode ou não fazer, o que pedir e, horários das refeições.

Uma das cidades que escolhemos para visitar pela segunda vez, foi Toledo. Com riqueza cultural e de belezas construídas em local interessantíssimo, possui ruelas que espantam.

Rio Tajo - Toledo

As pontes sobre o rio Tejo, o mesmo que passa por Portugal, são tão antigas quanto à cidade, belíssimas.

Nota-se a fraternidade entre pessoas das comunidades cristã, árabe e hebraica.

Visitar igrejas, sinagogas e mesquitas, nos dá idéia de cada uma.

Os lojistas, na exposição dos produtos que oferecem, quer sejam de cristal, porcelanas, ferro, jóias, pérolas, em profusão vindas de Mayorca, tudo é de bom gosto.

Hora de partir, mais uma bela visão!

A cidade parece mais um presépio todo iluminado.

Valência

Dirigindo-nos para Valência, a terceira maior cidade da Espanha, chama a atenção sua estrutura, as construções antigas, praças e obras modernas.

À noite, o calçamento em mármore com tal brilho espanta. Parecem vidros coloridos emergidos pela luz das lanternas das praças. A vida agitada no verão, famílias inteiras com seus filhos pequeninos fazem refeições até a madrugada, os chamados “tapas”.

Para onde se vai, monumentos artísticos, casarios , belezas tantas e o que agora impressiona, é o complexo “Ciutat de las arts y las ciências” obra de uma modernidade incrível, com museu interativo, aquário considerado o maior do mundo (vide foto)

Ciutat de las arts y las ciências

Agora, maravilhoso mesmo são as idas aos teatros e casas de danças flamencas, com dançarinos ciganos em tabernas antigas, de uma riqueza de coloridos e muita arte nos sapateados.

A expressão facial e corporal ao apresentarem-se, demonstra a força espiritual dessa gente.

As roupas exuberantes, coloridíssimas, embabadadas... Lindas!!!

Dançarinas flamencas

Depois do encantamento com Valência, o destino é Granada, reconquistada pelos cristãos, após séculos de domínio árabe.

Ali, vemos as influencias dos muçulmanos e a tradição ibérica, nas fontes, nos azulejos dos palácios de Alhambra e no Jardim Generalife, Patrimônios da Humanidade (UNESCO).

Dizem que o sistema antigo de águas, continua a refrescar no verão.

Alguns bairros os turistas não deixam de ir, como Albarracin com ruas estreitas, sinuosas, além do mar muito azul ao fundo, tendo mais adiante a Sierra Nevada.

Um roteiro imperdível, é o Costa do Sol, principal região de férias da Espanha.

Segue-se para Cadiz, muito engraçadinha e mais tarde, visita a adegas de vinhos famosos em Málaga, com casario todo branco, lembrando das ilhas gregas.

De lá, parte-se para a capital da Andaluzia, Sevilha.

Por seu histórico, seu encanto, marca o estilo andaluz e da Espanha.

As ruas são estreitas e por todos os lados ouve-se o flamenco.

No centro histórico, um monumental casario traz as marcas do domínio árabe que por séculos, dominou a região.

Parque Maria Luisa, jardins, Sevilha

  Jardins encantadores voltados para o centro dos palacetes, exuberantes, com estátuas e objetos de arte em metais.

Do seu porto, saíram caravelas dos homens que descobriram as Américas.

Não poderia esquecer que ali nasceram lendas como de Dom Juan, Carmem, e abrigar a tumba de Cristóvão Colombo.

Com o pouco que descrevi, dá para compreender porque essa parte da Espanha, é tão procurada por visitantes. Deixaram marcas profundas em sua cultura e artes, música e danças, os dominadores dos anos 700 mais ou menos aos 1250 (muçulmanos).

Seus portos foram os mais importantes após os descobrimentos, por exercerem monopólio sobre o chamado Comércio Ultramarino.

Começo a vislumbrar no roteiro o final da viagem de sonhos a Andaluzia, com a partida a Córdoba, cidade que possui a mesquita mais impressionante da arte árabe, patrimônio Cultural da Humanidade...

Ponte romana em Córdoba

A mesquita (séc. VIII) é tão impressionante sua construção que de tão bela e diferente, foi o único templo não destruído por cristãos quando da reconquista.

Quando descrevi todo o percurso do roteiro escolhido para o sul da Espanha, a Andaluzia, procuramos dar valor ao que os romanos lá deixaram com suas incursões desde os primeiros séculos da era cristã. Ali construíram teatros quase tão imensos quanto os de Roma, obras civis e militares, sendo que Córdoba foi considerada a cidade mais rica e suntuosa do mundo conhecido.

Com a chegada dos cristãos, saem os árabes depois de acordos, e a mesquita é transformada em catedral com algumas reformas, mas continuou com a pompa e estilo inicial da construção.

Catedral - Mesquita

No século XIX o legado hispano-árabe foi observado por viajantes, escritores e poetas, o que levou a ser pólo de cultura, possuindo hoje universidades procuradas por estudantes de todo o mundo.

Há festas tradicionais na Semana Santa, concurso das Cruces de Mayo, o Festival Internacional de Música.

A cozinha espanhola é variada com pratos peculiares de cada região, com influencias árabe/judaica. Os tapas nas tabernas e bares, com variados tipos de “jamon” (presunto) são famosos, além das imbatíveis “paellas”!

Por amarem a música, continuam os artesãos a fabricarem guitarras clássicas e flamencas.

Dos trabalhos em couro à fabricação dos vinhos, não retornamos da Espanha sem souvenires além das imagens retidas de tudo que vimos

 

 

 

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