Se olharmos firmemente para o horizonte, temos a sensação de estarmos livres e soltos, num mundo tão conturbado como a Terra  está.

O longínquo no entanto nos aproxima da realidade, porque difícil é, para alguns, compreender que temos tudo de bom que o Universo poderia nos proporcionar.

A capacidade de enxergar o céu tão azul, com nuvens esvoaçantes acima das nossas cabeças, o passar tão rápido e alegre dos pássaros ao buscar a rede elétrica, ou o galho de uma árvore para seu pousar.

Se nosso olhar for até o chão, são as folhas do arvoredo que no outono vêem descendo lentamente, como que flutuando para não haver ruído ao seu contato com as outras que já perderam o viço, ou quiçá, essa mansidão na queda seja para não magoar as formiguinhas que céleres buscam levar até seu ninho, o alimento rareado quando do inverno.

Uma beleza exuberante tem o pinheiro altaneiro, que forma mais interessante a sua, de uma taça gigante, com longos braços como que pedindo aquele abraço afetuoso.

Pacientemente, espera a cada manhã que o orvalho evapore dos seus galhos e que as pinhas possam explodir em centenas de pinhões saltitantes, na terra úmida possam brotar, é o ciclo da vida que a cada período ressurge.

Quando a paineira oferece plumas para a relva cobrir-se de branco, deixa na retina aquilo que o homem jamais deveria esquecer... que não é o ser onipotente que procura deixar transparecer, mas, é mais um elemento da natureza que deve ser preservado porque faz parte do equilíbrio universal e as sensações movem o mundo, o fazem rodar qual o pião.

Talvez o que mais impressione em todo ser vivo para mim, é algo que conhecemos como sensibilidade.

As plantas devem ter essa capacidade porque curam os males que nos afetam. Ao pegarmos uma flor, quanta beleza ali está!

Se tivermos a capacidade de parar e observar o colorido em cada milímetro dela, veremos que é impossível definir as tonalidades e o que dizer do perfume?

Tristemente vemos que o homem das cidades não encontra o tempo suficiente para admirar o que está ao seu redor.

Sentir à beira do mar a brisa no rosto identificando pelo cheiro que exala no ar a aproximação de um cardume é algo tão grandioso, como captar a todo momento que são vidas.

Se uma música inspira o coreógrafo na criação dos passos para que bailarinos flutuem pelo palco todo iluminado, deduz-se que os movimentos são para equilibrar esse grande teatro onde vivemos e aqueles que seguem na vida determinadas premissas, poderão sobreviver como os regatos que seguem seu curso mansamente, cantando melodias ao sabor das pedras do leito limoso, onde a confraternização com os demais não necessita de nada além do respeitar cada espaço porque é assim, nada é igual, nem mesmo uma gota de chuva caindo no mesmo lugar.

Como que ouvindo uma sinfonia de Beethoven, feche os olhos, sinta o aroma que exala das flores, estenda os braços e lentamente traga-o para perto de você, feche-os próximo ao peito.

Levante-se agora, firmemente observe a curvatura do horizonte, lá estão vindo as brancas nuvens carregadas de pós celestiais, elas fazem movimentações... é o vento que baila... ele dança sim!

 

 

 


 


 

Pelo EnvioWebaguia

Pelo Outlook

 

Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


Adicionar este site aos seus Favoritos
|    Home    |    Menu    |    Voltar    |

|    Livro de Visitas    |



Desde 29.01.2010,
você é o visitante nº


Página melhor visualizada  em Internet Explorer 4.0 ou Superior: 1024 X 768
Copyright© A Gralha Azul - 2009 - Todos os Direitos Reservados