Quando pensamos sobre o que significa “poder”, as deduções são inúmeras.

Pelo dicionário, seria ter a possibilidade de... ou ter autorização para... ainda ter o domínio sobre... também vigor físico... e por aí se vão muitas definições sobre esta palavra que induz a... “forte”.

Podemos dizer que tudo passa pela Terra. Pelas nossas vidas são recordações, saudades, alegrias, tristezas, dores, amigos, por momentos.

Em outros, há profusão de sentimentos, de vontades, de belezas, medos. A natureza revela todo seu esplendor ao escancarar suas colinas verdejantes, seus regatos murmurantes, um céu muito azul, nuvens coloridas com cintilações dos rubis, das esmeraldas e das safiras e em tudo diz que pulsa vida, continuando o mundo a girar.

Ao ouvirmos o canto suave e belo dos passarinhos canoros, quando a Lua surge imensa no infinito irradiando aquela luminosidade tão intensa, os enamorados unem-se num forte abraço, daí sim há a glorificação na Terra e as palavras mesmo pequenas, tornam-se poderosas, soberanas, livres.

No seu girar constante, cabeceando como um craque de futebol faz com a bola, ela, constante e simetricamente, cabeceia algo invisível, balanceia como uma bexiga presa pelo cordão em dias festivos.

Como vândalos que depredam o que vêem à sua frente, essa Terra tão sublime, que dá sua ternura e ardores todos os dias, volta-se contra ela mesma como se revoltada contra todos os afetos, explode em violências, usa os mares e oceanos para devastar o que encontram pela frente, não batem nas portas as rebentam, levam numa fúria incontrolável o que ninguém consegue deter.

Por que a fúria dos flagelos horrendos que devastam e matam, não sucumbem?

Ao homem tudo culpam de funesto que ocorre com a natureza.

È uma caminhada incansável. Por milhões de anos nosso planeta passou por eras e mais eras, sempre ocorrendo destruições, mortes, depois, renascimentos.

É o circuito inquebrantável e incansável, não a desforra ou vingança dela contra seus filhos, mas a acomodação que por momentos dilacera e machuca, mas acomoda também, porque nunca haverá perfeição tamanha que possamos dizer... estamos livres das catástrofes e dos perigos.

Não existe calma nem paz. Como um navio que majestosamente singra os mares num constante desafio aos oceanos, nós aqui da Terra, emudecemos e apavorados ou receosos do trágico, tentamos mudar comportamentos, como se isso impedisse a outra fúria, que tenta acomodar nas profundezas do mar seu espaço em constantes transformações.

E quando passados os dramas odiosos impingidos pelas forças independentes das vontades dos pensantes, quer dizer dos homens, as reflexões chegam a verdades incontestáveis... a prodigalidade do Universo é perfeita. Ela mantém o equilíbrio entre os astros, mas não tem como reprimir fenômenos que possam ocorrer entre seus filhos do Sistema Solar.

Esse quadro odioso que freqüentemente ocorre no Oceano Pacífico quando lança suas vagas em ataque nas costas terrestres, tudo destrói, arrasta, mata, mas depois, continua em seu ritmo majestoso.

Passada a tormenta vem a bonança, e como milagres, exterminam-se todas aquelas aberrações que a natureza impingiu e recomeçam o juntar cacos esparramados pelo chão.

Monta-se o imenso quebra-cabeças, recompõe-se o destruído com a inspiração suprema que novamente surgirão nos céus as estrelas luzidias, as campinas e campos produtivos oferecerão abundancia.

È a vida reerguida que confere a grande verdade que extrapola a todos os poros e palavras citadas em hinos... não fraquejem irmãos asiáticos, está no ar uma magia modeladora de almas, porque “os filhos teus não fugirão à luta”...

Como seus jardins sempre cobertos de flores, a aurora do despertar rivalizará com as noites cheias de encantos e certamente as roupagens das mulheres japonesas, voltarão a encantar nas festividades e danças que seu povo tão sabiamente soube preservar.