O homem
julga-se um ser superior, tendo acesso à eternidade.
Porém, vê-se frente a frente com a sensação do nada,
muitas vezes debate-se no incógnito do que é sua vida, sua direção, para onde
caminha no hoje, onde chegará num amanhã com capacidade extrema de analisar o
que foi, é, e o que será.
Seria uma
realidade cruel isso tudo? Quando paramos para pensar nas decisões tomadas,
outras não arbitradas e ainda aquelas que influenciaram nas vidas não só nossas,
mas nas ao nosso redor, vemos que nem sempre fomos tão capazes como almejávamos.
Conhecemos a
vida? Eis a questão.
Na extrema
sabedoria dos que na lucidez decidiram, o tempo distante parece mais ameno, e,
dispersadas todas as nuvens do desconhecimento, insondáveis talvez, as causas e
efeitos jamais refletirão na felicidade ou na desilusão, porque sempre haverá
aquilo que chamamos de... Esperança!
Na angústia das
recordações do passado, nem sempre auspiciosas, os imprevistos, a falta de
claridade, as lágrimas e até sorrisos, nos levam a pensar que aquela flor
recebida com um abraço, trouxe junto alguma aragem suave, com matizes florais e
aquele sorriso tão esperado.
Quando o vento
da desilusão sufoca, qualquer ruído assusta, a alma pode até emudecer, mas nunca
desbotará e aquele raio de Sol penetrante, traz com ele aromas, encantos, e todo
o infinito numa simples réstia de luz...
Diga-se, sempre
haverão imprevistos em nossas idas e vindas. Onde estarão aqueles momentos de
amor puro e sincero, onde guardaremos as saudades que brotam a cada instante?
Assim
desconsertados, faz-se aquela interrogação... porque injustiças ocorrem, porque
não há fidelidade, sinceridade e bondade nos corações?
Naquele
turbilhão do pensar constante, quantas dúvidas, meu Deus!
Num mundo
programado para a contemplação, o ser humano descobre segredos não revelados,
atitudes inconscientes e aquela superioridade tomba, aqueles abraços tão
desejados evaporam-se infalivelmente como as brumas do mar!
|