Estar só, é ver-se nu mesmo que com lindas vestimentas.

Estar só, é como chegar até as estrelas e sentir-se descalço, com os pés magoados pelo caminhar.

Estar só, é infiltrar-se por entre as nuvens ou em alamedas repletas de flores e nada ver, nada sentir, esquecer que há perfumes pairando no ar.

Estar só, é como aquele viajante que pouco a pouco afasta-se indo à procura do destino, de um lugar, onde possa fincar seus pés não incomodando-se com a chuva que cai ou com o vento que sopra.

Estar só, é como olhar para a parte obscura da lua e nada ver, é seguir sempre em frente rumo a um voo que certamente não é de saudade.

 Estar só, é escutar baixinho uma música, ver todas as estrelas do infinito e definir que está num silêncio tão profundo que aquele azul que poderia trazer tranquilidade, tais águas cristalinas da cachoeira que refletem a luz do sol ou da lua não refletem no entanto, o que vai na alma e coração!

Estar só, pode ser tudo... Ver e sentir, ouvir o canto de passarinhos, é desejar tudo e nada ter.

Estar só, é como aquela gaiola encantada que aprisiona com grilhões e faz pensar como seria bom agora merecer a liberdade mesmo que por uns segundos.

Estar só, é desejar neste momento avistar o horizonte ao longe, sabendo que as portas da gaiola romperão, como aquelas das andorinhas libertas na primavera.

Estar só naquele voo solitário é imaginar lugares nunca visitados, outros vivenciados e na saudade profunda perguntar... Valeu a pena?

Estar só, é recordar a vida passada, as pessoas das nossas vidas, dos amores não aceitos e daqueles que a nada levaram, restando apenas pequenas recordações.

Estar só, é como aquele amor maduro, intenso, um tanto silencioso que na verdade mostra sentimentos que foram poetizados, musicados, mas que evaporaram-se como as águas do oceano, passando pelos dedos das mãos.

Estar só mesmo em voo solitário é chegar na verdade, na realidade e na compreensão sublime que pode ser verão ou primavera passando pelo outono sublime e doce, nunca esquecendo que alguém é sua paz, seu cristalino horizonte, seu luar mais intenso, seu ramalhete de flores mais perfumado.

É esquecer dos momentos onde as decisões eram de um piscar de olhos, mas vale saber que poderá abrigar-se num abraço apertado, estando aquela porta aramada entreaberta!

O voo solitário finda, quando abrimos o coração para a realidade, ao anular vaidades e superioridades baixando num voo mais ameno e seguro estende-se as mãos e os braços e um forte e caloroso abraço virá!

O voo solitário agora transforma-se na essência daquele ramalhete de flores!

 

 

 

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