”Segundo definições nos dicionários, omissão é o efeito de deixar de lado, desprezar, esquecer. Omissão de um socorro é negligenciar, é ausência de atenção e de caridade.“
Quisera ter em mente que mesmo em um último suspiro de vida, não gostaria de presenciar calada a queda, a destruição de meus semelhantes.
Em momentos onde a mídia sem oferecer condições de como as pessoas e a sociedade poderiam aglutinarem-se, oferecendo subsídios nos fatos tristes ocorridos perto ou longe de nossas casas. O que fizeram?
Sentindo a respiração faltar, um tanto ofegante, aquela sensação do nada poder fazer, do vazio, e a péssima sensação de estar ausente, mas ali presentes mesmo quando imagens muito digam.
Quais objetivos propor, que planejamentos teremos a cumprir?
Estar tão perto mas sem a força para interromper lacunas pela fragilidade de ser uma pessoa com defeitos e qualidades, impossibilitada de colocar as mãos em posição de apoio e dizer: Pare!
Pedir perdão. Que seria isso?
Não que possamos duvidar da existência de forças superiores, talvez ser covarde, ter a sensação de uma realidade de não interromper ciclos onde se possa voltar ao passado.
Qual o motivo daqueles olhos não mais brilharem como antigamente?
Era até visível certa maldade na omissão de socorro. Porque fui indiferente.
Segundo Desmond Tutu, “Se você é neutro em situações perigosas você escolhe em qual lado deve estar, e pode optar pelo do opressor.”
Ao ficar frente a TV e barbáries ocorrem no mudo afora, onde crianças são assassinadas, perdem pais e todos os familiares, quando em outras a sede impera e aniquila e mata e você fica ali sentado, o que está fazendo?
Omitindo seu socorro?
A omissão é a escolha individual como em qualquer ato que se possa praticar.
O criminoso ao ser preso sempre alega inocência, que está sendo injustiçado e aí fingimos não saber sobre seu passado, seus dramas, traumas, fraquezas, desilusões, sucessos ou fracassos?
Onde estão as mãos salvadoras?
Será que os lampejos da esperança não se vislumbram mais?
Eis a questão.
Porque esquecer, negligenciar, não estender as mãos no ato mais sublime e lindo que o ser humano possa praticar, que é o reerguer! |