O dia amanhece como sempre nestes últimos meses... nublado.

Lá fora, alguns pássaros madrugadores piam no chamamento ao alimento que coloquei numa casinha para eles, pendurada num galho da laranjeira, que pasmem... ainda tem frutos, ela esse ano não parou de florescer e renovar–se. Coisas da natureza sempre pródiga ao homem.

Como sempre faço, espreguicei-me na cama tão gostosinha estava, com lençóis macios de percal, com babados em plisse.

Pensei... fique na cama mais um pouco e curta o bom soninho da manhã cinzenta. Mas como diz minha filha Joseli, que o “saracotico” acordou... saltei da cama, coloquei meus chinelos azuis ganhos da outra filha Marisia, um kit de produtos para dormir, no Dia das Mães e lá fui faceira aprontar-me para mais um dia em que minha casa mais parece ter sofrido terremoto... buracos e fendas por todos os lados.

Tudo causado por uma canalização das águas pluviais mal feita, que acarretava alagamentos no quintal, garagem e interior da casa.

Resultado lógico... retirar o que foi feito quando da reforma e refazer, esperando que o profissional ora contratado, acerte.

Entram em ação corta lajotas, picaretas, porretes, que barulhentos retiram pisos, tubos, concreto e tudo mais... as caçambas de detritos ficam felizes e nós tristes, em ver onde vão nossos santos reaiszinhos.

Ao final do dia, poeira por todos os lados. A obra caminha rapidamente, vamos dar valor aos operários que sem carteira profissional, fazem esses bicos para quem contratamos. Fortes e determinados, parecem nunca cansar.

Na hora do lanche, ofereço café completo... e a pergunta... A Sra. Vai cobrar quanto?

O brasileiro quando a esmola é muita, desconfia... RSS...

Nem todos que se servem dos seus serviços, são gentis... procuramos ser.

Obra finalizada, espera-se êxito dessa vez... não chove, como testar?

Carro na rua, vamos recolhê-lo... opssssss... timbummm! Tombo de bumbum no chão e... mão fraturada!

Dor... ida até a clínica de fraturas... radiografias... resultado... mão e braço até o cotovelo com gesso... até aí nada de mal, apenas o incômodo... sabem o que foi pior além de retornar dirigindo com a mão direita até em casa e ouvir a gozação... depois a pergunta... o que aconteceu?

Dedos em riste... GENTE... agora pode ser que o... “SARACOTICO PARE... AHAHAHA!”

Está certo isso? Eu... SARACOTICO?... que termo é esse?