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Um céu azul anil, 
descortina-se à minha frente. 
No horizonte distante, o encontro das águas do mar com o infinito, traduz o que 
a natureza pode oferecer de mais belo e encantador. 
Quando a brisa vinda do mar, ou ventos das montanhas beijam nossa pele, pensamos 
como pode um Criador, colocar no espaço chamado Terra tão pequeno em relação ao 
Universo e distribuir harmonicamente, tantas maravilhas! 
Quando as sombras do entardecer registram que a noite está próxima, emoções nos 
dizem que veremos brilhar em tal intensidade as estrelas que na abóboda celeste 
acomodam-se de maneira a equilibrar corpos celestes que rodopiam pelo espaço 
numa estranha dança que nem sabemos ser ao ritmo da valsa, samba, bolero, quiçá 
do tango ou rumba. 
Nessa profusão de imagens, há sons como das águas das cascatas que serpenteiam 
por entre vales e encostas, dos galhos das árvores no balouçarem ao sabor dos 
ventos, dos riachos que tranquilamente procuram caminhos alternativos para seu 
desaguar em um rio que busca o mar. 
Que dizer da grandiosidade dos oceanos e mares, das bacias hidrográficas, de 
todas as flores e frutos?
 
  
  
Observe os pássaros que freqüentam os jardins e pomares, como abrem as asas num 
espaço onde há liberdade para darem seus vôos rasantes ou além dos telhados. 
Parem e escutem o seu trinar, os gorjeios mais encantadores que se possa ouvir. 
Como que um sonho, onde as vontades e os desejos do homem geralmente contrastam 
com a realidade que severa geralmente diz, que não se pode descartar no 
dia-a-dia da existência o já vivido e que podemos certamente, procurar conviver 
com todos os deuses e deusas, cantando baixinho com eles canções que cheguem aos 
corações. 
No abstracionismo de um futuro inimaginável, será que as suposições satisfazem? 
Restam teorias, fé, a proclamação que o amanhã mostrará o que fomos, o que hoje 
somos e o que poderemos ainda ser. 
Quantos contrastes, quantas dúvidas, porém as certezas que em todos os setembros 
as vozes da primavera trarão as belezas e perfumes das flores, o brilho no 
firmamento de todos os astros e estrelas, e como que num palco iluminado lá 
estará uma orquestra com anjos, arcanjos e querubins, levando serenamente como 
os sabiás no seu cantar, uma nostalgia no entardecer e alegrias quando do 
amanhecer! |